Meninas leem mais e meninos são melhores em matemática.
De um lado, meninas com melhor desempenho em leitura. Do outro, meninos com performance superior em matemática. O quadro, que muita gente já observou, é…
Escravidão, economia do Brasil Colônia, geografia física, meio ambiente, reservas indígenas e outros temas que devem estar na lista de todo aluno.
Tema clássico de História no Enem para o professor do Colégio e Curso Ponto de Ensino Márcio Branco é a escravidão. Escravos chegaram ao Brasil colônia ainda na primeira metade do século XVI e perduraram até a abolição, em 1888. Vale lembrar que nós fomos o último país independente das Américas a abolir completamente a escravatura.
Branco também aponta como tópico a economia na época da colônia. De 1500 a 1822, nosso modelo agrário-exportador levou para Portugal grandes quantidades de pau-brasil, açúcar no Nordeste e ouro no interior. Mas o aluno não deve se esquecer de atividades que abasteciam as regiões exportadoras, como a pecuária.
A prova de História se concentra no período do Brasil republicano. Nos primeiros anos da República, Márcio Branco aponta como tema as questões sociais como a Revolta de Canudos, a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata. Foi na “República Velha” (1889-1930) que ficou famosa a frase: “questão social é caso de polícia”.
O Brasil republicano também foi marcado pelos governos populistas da experiência democrática entre 1946 e 1964. Governos como o de Getúlio Vargas e João Goulart foram classificados como “populistas” ao dar maior atenção às causas ploretárias, ampliando os direitos dos trabalhadores e agradando às massas.
O Enem não é conhecido por cobrar questões de atualidades. No entanto, por conta da ascensão do Estado Islâmico no Oriente Médio, um tema que pode cair na parte de História, segundo Branco, é o surgimento do radicalismo islâmico e a guerra entre Israel e Palestina, que começou ainda antes da formação do estado judeu em 1948.
De acordo com o coordenador de Geografia do Colégio e Curso pH, Cláudio Falcão, o Enem gosta de trabalhar a geografia física junto com o elemento humano. Mortes em grandes cidades provocadas por deslizamentos de terra, por exemplo, podem tanto ser explicadas por fenômenos climáticos como também pela urbanização mal planejada e exclusão social.
Falcão alerta que a prova da disciplina no Enem prioriza temas relacionados ao Brasil, e um deles é a questão das reservas indígenas. Com cerca de 13% de seu território reservado a índios, nosso país é um dos que mais se preocupa com o tema no mundo. No entanto, ainda são frequentes combates por terra contra agricultores e posseiros no Norte.
Falcão também recomenda estudo de temas que envolvam a cultura negra. A temática está ainda mais em pauta diante de ataques de conservadores contra seguidores de religiões de matrizes africanas, como candomblé e umbanda. A lei 10.639 que prevê o ensino de História dos negros no Brasil em escolas ainda não é totalmente adotada no país.
A questão ambiental é forte candidata a marcar presença da prova deste ano. Nessa parte, o aluno deve se lembrar dos diferentes posicionamentos do Brasil nas cúpulas climáticas, como em Estocolmo em 1972, Rio 92 e Rio+20. Neste ano, o governo não assinou acordo da Cúpula do Clima que previa a redução do desmatamento.
O Enem gosta de trabalhar com tendências do Censo. No último levantamento, de 2010, um dado relevante é o aumento de 37% no número de famílias chefiadas exclusivamente por mulheres. Um em cada quatro lares é sustentado por elas, o que evidencia o aumento de renda e maior oferta de trabalho e estudo para o público feminino ao longo dos anos.
Fonte: O GLOBO